Sport - Um sentimento que não vai acabar
Estava me lembrando de como é bom ser rubro-negro e de como o SPORT é tudo na vida dos torcedores apaixonados.. um exemplo disso foi aquele dia da final... ah, aquela final!!!
Eu cheguei em casa 12:30, almocei e sentei no chão da sala para ouvir a resenha, lembro que Marciel tentava passar aos locutores aquele sentimento de pernambucanidade e aquela emoção que envolveria o jogo de logo mais. Após a resenha, Graça Araújo veio com o plantão e falou dos torcedores do Corinthians que estavam na avenida Boa Viagem... isso me deu raiva, comecei a cantar insandecidamente, sem parar. 14:30 fui tomar banho, passei na casa do meu pai, amarrei a bandeira no pescoço e fui para a guerra. Quando cheguei no estádio eram 15:30... tinha muita gente, estacionei no extra e fui andando... todos gritando, com os nervos a flor da pele. Fiquei no varanda até 18 horas; 18 horas eu saí em direção ao campo, um campo de batalha com os gladiadores e guerreiros rubro-negros.
Entrei no campo 19 horas. Sentei-me sozinho no estádio, ao lado de um senhor de 80 anos; o tempo foi passando e outro senhor sentou-se ao meu lados, já na escada, ali ficamos... foi inclusive cômico pois aquele dois senhores a todo instante ficavam discutindo para ver quem era o conselheiro mais ativo no clube. Então esperamos, o tempo ia passando, o jogo ia se aproximando, a torcida ia chegando, o time ia entrando e a voz ia acabando. Antes mesmo de o jogo começar eu já estava rouco; ah, quanta emoção! Quando veio o cazá cazá foi um momento de êxtase, cada torcedor queria mostrar com sua voz que nós somos invencíveis, que a ilha é o nosso caldeirão e que aqueles paulistas nada podiam fazer, além de temer o rugido do Leão da ilha.
O jogo começou, que nervosismo! Só quem é rubro-negro pode sentir aquilo. Quando, aos 34 minutos Carlinhos Bala recebeu livre e marcou o primeiro gol, a ilha explodiu!!! O caldeirão pegava fogo, todo mundo cantando e empurrando o time, na ânsia de fazer logo o segundo gol. Nessa hora eu me abracei fortemente ao senhor que estava ao meu lado.
Alguns minutos depois, aos 38, Luciano Henrique fez o que uma nação esperava há 20 anos, quando em 1987 fomos campeões brasileiros. A certeza de que o Brasil era nosso; mas a pura verdade era que ninguém tinha certeza de nada, o estádio estava coberto de incertezas, de emoções e alegrias, com uma imensa vontade de que o juiz acabasse o jogo ali naquele instante, e que nós pudéssemos comemorar logo, e cantar que mais uma vez o Brasil era nosso. Nessa hora me abracei ao senhor do meu lado mais uma vez, dessa vez ele começou a chorar, chorava muito e dizia que eu não fazia idéia do que eu estava presenciando. Não sabia se chorava, se cantava e perdia o resto da minha voz, se esperava calmamente, se prestava atenção no jogo, não lembro bem a minha reação, mas deixei que a raça e a vontade de vencer a qualquer preço prevalecessem.
Veio o intervalo, isso sim é uma tortura. Um intervalo em meio a uma história de 103 anos, 15 minutos em que o grito estava preso na garganta de cada um, querendo sair, mas temendo a reviravolta que o futebol poderia dar nos minutos seguintes. Eu só pensava que devíamos ter feito o terceiro gol, as chances perdidas.
O segundo tempo começou, e junto com ele vieram a apreensão e a confiança, a ansiedade e a cautela, a razão e a emoção.. uma mistura de sentimentos um tanto paradoxal, mas isso é SPORT, isso é SPORT, isso é SPORT. Poderíamos ter ampliado a vantagem, poderíamos ter levado um gol, mas o juiz e o futebol foram justos com uma torcida apaixonada, com um futebol bem jogado. O tempo ia passando e a ansiedade, confiança e desconfiança só aumentavam.
Bom, quando o jogo acabou eu pulava, como não poderia deixar de ser, mas nao sabia de fato o que estava acontecendo, não passava pela minha cabeça que o SPORT tinha acabado de conquistar o Brasil, passando por tudo e por todos. Abracei-me a pessoas que nunca tinha visto, chorei com rubro-negros que eu não sei o nome e que nunca mais verei, mas aquele momento foi um dos mais especiais da minha vida.
Quando olhei para o campo e vi na placa eletrônica SPORT CAMPEAO DA COPA DO BRASIL, percebi que estávamos na Libertadores da América, que pelo menos por aquele momento éramos os reis do mundo, ninguém, durante a competição inteira, fora capaz de nos barrar. Aqueles sentimentos ao certo sao inesquecíveis, da forma que foi, quando foi, aonde foi, contra quem foi... simplesmente SPORT. Parece que naquele momento cada rubro-negro via realmente o que é ser SPORT, e temos que nos lembrar todos os dias de que venceremos lutando contra tudo e contra todos, sempre nas dificuldades, nas alegrias, nas tristezas, nas derrotas e nas vitórias!!!
AVANTE SPORT, SEMPRE SPORT... VOU SEMPRE AO TEU LADO, PRA TE VER JOGAR... NAO IMPORTA O JOGO, PODES ATÉ PERDER, MAS, SEM TI SPORT, EU NAO SEI VIVER!!!
Texto enviado por Arthur Notaro à Equipe Sport Recife Notice, demonstrando toda sua felicidade de ser Sport e a emoção de um dia inesquecível!
Participe também, envie seu texto para nosso email:
sportrecifenotice@gmail.com
Eu cheguei em casa 12:30, almocei e sentei no chão da sala para ouvir a resenha, lembro que Marciel tentava passar aos locutores aquele sentimento de pernambucanidade e aquela emoção que envolveria o jogo de logo mais. Após a resenha, Graça Araújo veio com o plantão e falou dos torcedores do Corinthians que estavam na avenida Boa Viagem... isso me deu raiva, comecei a cantar insandecidamente, sem parar. 14:30 fui tomar banho, passei na casa do meu pai, amarrei a bandeira no pescoço e fui para a guerra. Quando cheguei no estádio eram 15:30... tinha muita gente, estacionei no extra e fui andando... todos gritando, com os nervos a flor da pele. Fiquei no varanda até 18 horas; 18 horas eu saí em direção ao campo, um campo de batalha com os gladiadores e guerreiros rubro-negros.
Entrei no campo 19 horas. Sentei-me sozinho no estádio, ao lado de um senhor de 80 anos; o tempo foi passando e outro senhor sentou-se ao meu lados, já na escada, ali ficamos... foi inclusive cômico pois aquele dois senhores a todo instante ficavam discutindo para ver quem era o conselheiro mais ativo no clube. Então esperamos, o tempo ia passando, o jogo ia se aproximando, a torcida ia chegando, o time ia entrando e a voz ia acabando. Antes mesmo de o jogo começar eu já estava rouco; ah, quanta emoção! Quando veio o cazá cazá foi um momento de êxtase, cada torcedor queria mostrar com sua voz que nós somos invencíveis, que a ilha é o nosso caldeirão e que aqueles paulistas nada podiam fazer, além de temer o rugido do Leão da ilha.
O jogo começou, que nervosismo! Só quem é rubro-negro pode sentir aquilo. Quando, aos 34 minutos Carlinhos Bala recebeu livre e marcou o primeiro gol, a ilha explodiu!!! O caldeirão pegava fogo, todo mundo cantando e empurrando o time, na ânsia de fazer logo o segundo gol. Nessa hora eu me abracei fortemente ao senhor que estava ao meu lado.
Alguns minutos depois, aos 38, Luciano Henrique fez o que uma nação esperava há 20 anos, quando em 1987 fomos campeões brasileiros. A certeza de que o Brasil era nosso; mas a pura verdade era que ninguém tinha certeza de nada, o estádio estava coberto de incertezas, de emoções e alegrias, com uma imensa vontade de que o juiz acabasse o jogo ali naquele instante, e que nós pudéssemos comemorar logo, e cantar que mais uma vez o Brasil era nosso. Nessa hora me abracei ao senhor do meu lado mais uma vez, dessa vez ele começou a chorar, chorava muito e dizia que eu não fazia idéia do que eu estava presenciando. Não sabia se chorava, se cantava e perdia o resto da minha voz, se esperava calmamente, se prestava atenção no jogo, não lembro bem a minha reação, mas deixei que a raça e a vontade de vencer a qualquer preço prevalecessem.
Veio o intervalo, isso sim é uma tortura. Um intervalo em meio a uma história de 103 anos, 15 minutos em que o grito estava preso na garganta de cada um, querendo sair, mas temendo a reviravolta que o futebol poderia dar nos minutos seguintes. Eu só pensava que devíamos ter feito o terceiro gol, as chances perdidas.
O segundo tempo começou, e junto com ele vieram a apreensão e a confiança, a ansiedade e a cautela, a razão e a emoção.. uma mistura de sentimentos um tanto paradoxal, mas isso é SPORT, isso é SPORT, isso é SPORT. Poderíamos ter ampliado a vantagem, poderíamos ter levado um gol, mas o juiz e o futebol foram justos com uma torcida apaixonada, com um futebol bem jogado. O tempo ia passando e a ansiedade, confiança e desconfiança só aumentavam.
Bom, quando o jogo acabou eu pulava, como não poderia deixar de ser, mas nao sabia de fato o que estava acontecendo, não passava pela minha cabeça que o SPORT tinha acabado de conquistar o Brasil, passando por tudo e por todos. Abracei-me a pessoas que nunca tinha visto, chorei com rubro-negros que eu não sei o nome e que nunca mais verei, mas aquele momento foi um dos mais especiais da minha vida.
Quando olhei para o campo e vi na placa eletrônica SPORT CAMPEAO DA COPA DO BRASIL, percebi que estávamos na Libertadores da América, que pelo menos por aquele momento éramos os reis do mundo, ninguém, durante a competição inteira, fora capaz de nos barrar. Aqueles sentimentos ao certo sao inesquecíveis, da forma que foi, quando foi, aonde foi, contra quem foi... simplesmente SPORT. Parece que naquele momento cada rubro-negro via realmente o que é ser SPORT, e temos que nos lembrar todos os dias de que venceremos lutando contra tudo e contra todos, sempre nas dificuldades, nas alegrias, nas tristezas, nas derrotas e nas vitórias!!!
AVANTE SPORT, SEMPRE SPORT... VOU SEMPRE AO TEU LADO, PRA TE VER JOGAR... NAO IMPORTA O JOGO, PODES ATÉ PERDER, MAS, SEM TI SPORT, EU NAO SEI VIVER!!!
Texto enviado por Arthur Notaro à Equipe Sport Recife Notice, demonstrando toda sua felicidade de ser Sport e a emoção de um dia inesquecível!
Participe também, envie seu texto para nosso email:
sportrecifenotice@gmail.com
0 comentários:
Postar um comentário